Por Jeanne Caroline Flores

Oi! Meu nome é Jeanne, eu sou de Chapecó, Santa Catarina e hoje quero compartilhar um pouco com vocês a minha vivência na temporada 2019/2020 do programa Work & Travel, nos Estados Unidos.

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Bom, fazer um intercâmbio, pra mim, sempre foi sinônimo de evolução e crescimento. Por trabalhar com isso – para quem não sabe, sou parte do time dessa empresa maravilhosa que é a TM -, sei o quanto essa vivência impacta e pode mudar a vida das pessoas. Já tive a oportunidade de ter outras vivências no exterior mas nenhuma se comparou ao que vivi durante o meu Work & Travel e, por isso, tomei a liberdade de, hoje, compartilhar aqui no blog um pouco do que foi essa experiência pra mim.

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Você vem comigo?

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Por que o Work & Travel?

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Sempre que pensava em realizar um intercâmbio, esbarrava naquele obstáculo que sei que muitos têm: o dinheiro. Quando comecei a me planejar, em meados de 2018, já tinha uma noção média de quanto precisaria e comecei a correr atrás. Porém, com certeza o maior motivo que me fez optar pelo W&T e não outro programa de intercâmbio foi a oportunidade de encaixar isso com as minhas férias da faculdade e a possibilidade de ganhar em dólares durante o programa. Isso, com certeza, tirou um peso das minhas costas, pois assim eu sabia que não precisaria depender dos meus pais enquanto estivesse nos Estados Unidos.

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Dells: a capital mundial dos parques aquáticos

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Bom, só pelo slogan usado pela associação de turismo da cidade, já é possível saber porque ela é tão famosa (pelo menos entre os americanos). A cidade escolhida para o meu programa foi Wisconsin Dells, uma cidadezinha bem pequena, de aproximadamente 5.500 habitantes. Tem um enorme apelo turístico no verão, com seus lagos, trilhas e parques ao ar livre, e também se destaca no inverno, por seus inúmeros parques indoor. São, no total, 5 resorts na cidade, e todos eles são gigantescos. Além disso, existem parques de diversão, zoológicos, cervejarias, vinícolas, cassinos, museus, esportes e passeios cênicos. Não é à toa que a cidade recebe em torno de 4 milhões de turistas por ano, e, por isso, precisa contratar cerca de 15.000 intercambistas para suprir a mão de obra! Inclusive, Dells foi a minha escolha justamente por ter conhecido outros intercambistas que foram pra lá em temporadas anteriores. 

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Porém, mesmo com essa infinidade de atrações, é preciso lembrar que, na época em que os brasileiros têm permissão de trabalho nos EUA, é inverno, e o inverno de Dells é beeeeeem rigoroso! Chega a fazer -40ºC! Então, as atrações que funcionam nesse período são sempre indoor e isso limita um pouco os passeios ao ar livre nos dias de folga.

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Dells, mesmo sendo pequena, tem muita estrutura e o Wilderness, onde trabalhei, fica em uma localização privilegiada na cidade. Fica relativamente perto de outlets, cinema, outros parques aquáticos, boliche, pista de patinação no gelo, Walmart, Dolar Tree, KFC, MC Donalds, Domino’s, Dennys e vários outros bares, restaurantes e baladas. A cidade tem estação de trem e de ônibus, taxi e uber, o que facilita muito o deslocamento. Falando nisso, Dells fica a 3h30 de trem de Chicago, 2h30 de Milwaukee e 1h de Madison.

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Eu considero Dells um excelente local para quem pensa em fazer Work & Travel por ser cheio de empresas legais e ter várias opções para conseguir um second job! Definitivamente um destino para colocar na lista! 

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A empresa e o meu trabalho

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Lembra que eu falei que a cidade era cheinha de resorts? O Wilderness é um desses resorts e é, inclusive, um dos maiores. A estrutura completa conta com 8 parques aquáticos (4 internos e 4 externos), 5 hotéis, inúmeros restaurantes, centro de convenções, e isso sem falar das atividades e atrações que eles disponibilizam. Além disso, ainda existem três prédios de moradia para funcionários.

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Eu trabalhei como recepcionista no Glacier Canyon Lodge, um dos hotéis da propriedade. Meus colegas eram todos americanos ou estrangeiros, mas que falavam inglês fluentemente. Isso foi excelente para o meu avanço no idioma, que melhorou muitoo não só pelo contato com os hóspedes, mas por conversar muito com os meus colegas de trabalho o dia todo. Meus gerentes e supervisores eram sensacionais e eu me dei muito bem com todo mundo. 

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Meu trabalho consistia em fazer check in dos hóspedes, apresentar pra eles o material do hotel e tirar dúvidas. Depois de um tempo, comecei a atender ligações dos hóspedes também. Além dessa vaga, o Wilderness também costuma oferecer vaga de camareiro, salva vidas, nas atrações e nos restaurantes. 

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Ah, a empresa também tem muito a cultura de premiar os funcionários do mês, e eu tive a graça de receber o prêmio do mês de janeiro de atendimento ao cliente!

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Os amigos: a melhor parte

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Não dá pra falar de Work & Travel sem falar de todas as pessoas incríveis que eu conheci. Pra começar, meus chefes e colegas de trabalho são alguns dos laços mais fortes que criei durante o intercâmbio. Tive supervisores americanos, mexicanos e porto-riquenhos, colegas de trabalho também americanos, filipinos, turcos, tailandeses e italianos. Mantenho contato com vários deles até hoje, tenho muita saudade e espero revê-los muito em breve.

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Também não posso deixar de falar dos brasileiros. Eu sou uma defensora de que nós, como intercambistas, devemos ter o máximo de contato com pessoas de culturas diferentes da nossa, não só pela prática do idioma, mas também por conhecer e ter contato com uma realidade diferente da nossa. Mas, principalmente em um intercâmbio de média a longa duração, ter amigos brasileiros é essencial. Gente como a gente, sabe? No Wilderness, éramos em, aproximadamente, 100! Sim, isso mesmo! 100 brasileiros. Tive amigos que foram minha companhia, minha diversão e também meu refúgio quando senti saudade de casa, da comida, quando fiquei doente ou simplesmente quando a cabeça estava cansada e eu só queria me comunicar um pouquinho na minha língua nativa.

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Como uma defensora de hostels, além desses que conheci em Dells, também não posso esquecer dos que conheci nas viagens que fiz. Foram muitas nacionalidades diferentes, experiências, conversas, costumes e línguas diferentes, que eu não conseguiria nem citar todos. Eu posso até viajar solo, mas sozinha eu sei que não fico, e aos que foram minha companhia nesses momentos, fica aqui a minha lembrança. E falando em viagem…

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A parte do “travel”

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O Work & Travel, como o próprio nome já diz, é um intercâmbio de trabalho e viagem, com um foco muito mais cultural do que profissional. Então, é claro que sobra um tempinho (e grana) pra viajar!

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Logo que cheguei, me programei para passar dois dias em Chicago, afinal, esse foi o aeroporto que cheguei e não custava aproveitar para riscar mais uma cidade da lista, né? 

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Durante o período de trabalho, tirei um dia de folga e viajei para Madison, capital de Wisconsin. Também consegui combinar com os meus supervisores para tirar alguns dias de folga juntos e viajei para Nova York. Peguei o avião em Madison e passei 6 dias na cidade que nunca dorme. Foi inesquecível, conheci pessoas de vários lugares do mundo, conheci lugares que sempre estiveram no meu imaginário, como a Times Square e a Estátua da Liberdade, e posso dizer que foi uma das melhores viagens que eu já fiz.

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Já no final do intercâmbio, durante o meu Grace Period, passei alguns dias em San Francisco e Los Angeles. Não sei dizer ao certo o motivo, mas conhecer San Francisco sempre foi um sonho pra mim. Passei 3 dias por lá, conheci a Golden Gate, os Fisherman’s Wharf, as Painted Ladies, os piers e até a Ilha de Alcatraz (um passeio imperdível, by the way!). Amei demais e com certeza voltaria muitas vezes!

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Já em Los Angeles, meus planos foram um pouco alterados. Com o avanço da pandemia, os passeios acabaram sendo cancelados e a maioria dos pontos turísticos e atrações foram fechadas de um dia pro outro. Ainda assim, consegui visitar alguns lugares ao ar livre, como Beverly Hills, Calçada da Fama e ver o letreiro de Hollywood. Acabei por adiantar o retorno para o Brasil em 4 dias, mas sei que um dia ainda vou visitar esses lugares de novo e curtir tudo que não pude.

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O que eu aprendi

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Lembram que eu falei lá no começo que intercâmbio, pra mim, é sinônimo de evolução e crescimento? Parece até poético, mas uma das maiores coisas que eu levo dessa experiência comigo é aquela sensação gostosa de que nada pode me parar, sabe?

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Uma vez que você embarca para o outro lado do mundo, apenas contando com a companhia de algumas malas, enfrenta obstáculos que achou que jamais conseguiria, “engole sapos” que em outros momentos não admitiria, fica doente, liga pro seguro, vai no médico, compra remédio e faz sua própria comida de “doente”, pois não tem mãe, pai, avós, namorado ou namorada pra fazer isso pra você, você se sente mais forte, mais capaz. E sim, eu sempre digo isso e repito: não existe intercâmbio sem perrengue, mas com certeza toda a parte boa supera qualquer coisa.

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Quanto antes você entender e aceitar que altos e baixos vão existir, assim como existem na sua vida “normal”, mais fácil e mais leve será essa sua jornada.

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Espero que você tenha curtido viajar um pouco e relembrar essa experiência junto comigo. Te convido a me acompanhar no instagram, onde dividi e ainda divido minhas experiências de viagem com o pessoal. Ah, e sinta-se à vontade para me procurar e tirar dúvidas comigo. Estou à disposição!

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Um abraço e até mais!

Jeanne

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