O Bruno foi voluntário por duas vezes na África do Sul e nos contou como essa experiência mudou sua vida:

 

Acho que a pergunta que mais me fizeram foi: quando você decidiu isso? Bom há uns três anos procurei a TravelMate para fazer um programa de High School no Canadá e vi que além dos intercâmbios mais comuns eles também tinham voluntariado, achei interessante mas não era algo que cabia naquele momento. Enfim, fui pro Canadá, voltei e comecei a participar de feiras junto com a TravelMate para contar um pouco da experiência que eu vivi. Nessas feiras acabei dando de cara com o programa de voluntários de novo e decidi que era algo que eu gostaria de fazer e na África, porém sem data e nem nada programado, era apenas uma ideia.

 

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Esse ano, mais ou menos em maio, depois de acompanhar as fotos de uma amiga de uma amiga minha no Facebook que fez voluntariado, fui na TravelMate, assim do nada, para saber tudo sobre o programa. A ideia era, talvez, ir no final do ano, mas depois de ouvir todas as explicações a única coisa que me veio na cabeça foi “dá tempo de fazer em julho?” E assim aconteceu, agora estou escrevendo esse depoimento no avião indo de Johanesburgo para São Paulo com o coração apertado mas com o sentimento de missão cumprida e com a certeza de que deixei uma parte de mim na África e que estou levando uma parte da África em mim.

 

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Fiz dois programas de voluntariado na África do Sul. Fiz duas semanas em um hospital de crianças no subúrbio de Cape Town – é o único hospital infantil na África Subsaariana, e é da Cruz Vermelha. Trabalhar com crianças foi simplesmente incrível, não vou falar que foi fácil, tinha horas que tanto eu quanto os outros voluntários tínhamos que dar aquela respirada e tentar controlar o emocional. Mas sensação de quando a gente chegava no corredor com o carrinho cheio de brinquedos e elas abriam aquele sorriso, afinal são crianças e o que mais querem é brincar, não tem preço.

 

Bruno Puorto 1

 

Depois do trabalho, íamos para a casa dos voluntários e trocávamos as experiências do dia e ver todo mundo empenhado nesse trabalho era incrível.

Depois dessas duas primeiras semanas fui para uma cidadezinha chamada Plettemberg Bay, que fica na famosa Garden Route. Lá trabalhei com wildcats em um santuário que resgata esses animais que não tem condições de viver na selva mais. Nosso trabalho como voluntários ia desde limpar as jaulas e preparar a comida desses animais até montar e preparar uma nova jaula para receber um animal.

Fora o trabalho, também tínhamos tempo para curtir esses lugares incríveis, momentos de descontração em que tínhamos a chance de conhecer melhor as pessoas com quem estávamos vivendo essa experiência e turistar.

 

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O trabalho com crianças exigia muito mais do lado emocional, já o com wildcats era mais braçal. Costumam me perguntar qual que eu mais gostei, essa pergunta é simplesmente impossível de responder, os dois são coisas diferentes, não tem como comparar, mas posso afirmar que ambos me mudaram como ser humano, foram experiências incríveis que eu jamais irei esquecer. Tive a oportunidade de conhecer pessoas que eu vou levar pra vida toda, mesmo estando a milhares de quilômetros de mim, separados por oceanos, estávamos todos trabalhando com um mesmo objetivo, passando muito tempo juntos e essas pessoas -outros voluntários- com certeza fizeram dessa experiência algo melhor ainda.

Só tenho a agradecer por ter tido a oportunidade de ter vivido tudo isso.

É como uma antiga filosofia africana diz: Ubuntu. Que resumindo que dizer “Eu sou o que eu sou por causa de quem todos nós somos.”

 

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